terça-feira, 18 de outubro de 2011





Alada


Não seja um Leviatã...
Quero usar minhas próprias
Asas... minhas armas...
Voar ao sabor do vento,
Ser alada e amada sem
Contratempos...
Explorar meus espaços
Naquilo que faço
Sem limites, sem barreiras,
Soltar minhas feras, meus anjos,
Minhas quimeras...
Suprir minhas carências sem
Dependências...
Em nossa simbiose
Não seja um liberticida...
Seja meu porto seguro
Sem muro, sem garras,
Sem amarras...
De um modo espontâneo
Venha ao meu encontro
Sem confrontos...
Num jogo de trocas
De concessões mútuas
Quero preservar minha identidade
Num recíproco respeito de direitos,
Exigir fidelidade,
Não eternidade...
Quero-o cúmplice
Em todas as minhas
Esferas e enquanto
Durar esta cumplicidade
Com seus resquícios de 
Liberdade, dizer sim,
Dizer não, manter com
Sensualidade nossa
Solene união.


Acyle Couto

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