segunda-feira, 17 de outubro de 2011





Esboço


Aquele esboço na tela
Que pintaste em aquarela
Sem graça, esmaecida
Por despeito ou preconceito,
Não é nem um arremedo 
Da sombra do que sou...
É que lá dentro, bem fundo,
Ainda coabita em mim,
Uma mulher surpreendente
De múltiplas faces diferentes:
Ora um anjo de candura
Às vezes um anjo de cara suja...
Um demônio que exala fumaça,
Uma bandida devassa.
Mas, pra captar-me inteira, 
Tens que ter alma de artista...
Muita sensibilidade...
Pois, o que te sobra em ironia
Está faltando em poesia, 
Pra retratar tal magia...




Acyle Couto

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