sexta-feira, 21 de outubro de 2011





Caboclo do Mato


Caboclo arredio
De olhar enviesado
Que busca os costados
Adentra os matos no alvor
Das manhas... fugaz diligente
Corta as correntes
Liberto e contente
Encontra os prazeres
Em campestres afazeres...
Feliz e desperto
Recolhe o gado,
Fustiga o cavalo,
Corta a lenha, se embrenha
No banhado...
Seu jeito matreiro
De menino do mato
Com um "quê" de assustado
Espanta no ato o pudor e o
Recato... levando ao rubor
As camponesas em flor...
Tornando-as cativas, elas o tomam
Como o sol, e buscam em sua luz o arrebol...
Deitadas em idílicas alcatifas
Entre relvas de clorofila
Essas faceiras donzelas
Cheias de fitas
Sugam seu néctar e
Embriagadas de amor
Se rendem à natureza 
Erguendo com sua seiva
Um brinde em louvor a esse
Pagão deus do amor!...


Acyle Couto

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